Tem uma terceira opção?
A política (ou os políticos) rioclarense está, e sempre esteve, dividido entre dois grupos: vermelhos x azuis, garantidos x caprichosos, quadrilha do Lula x gangue do FHC, Nevoeiristas x Altimaristas (ou seriam Olguistas?).
Essa divisão, muito bem definida, briga pelo poder na cidade há muito tempo. E o povo é que paga o pato. Quem está no poder só se preocupa em parecer melhor que o governo anterior e quem está fora só quer atrapalhar quem está no comando. Nessa disputa de egos quem perde é a cidade. Os de fora tentam achar pêlo em ovo para cassar o prefeito e os de dentro se preocupam em falar mal da gestão anterior e culpá-los pelos problemas de Rio Claro.
O que ninguém percebe é que há uma grande parcela da população que está decepcionada com o prefeito atual, mas nem por isso desejam a “volta dos que não foram”. Essa parcela da população está a espera de uma terceira opção. Ou seja, existe um espaço para gente nova na política rioclarense. Mas quem seria? Difícil achar um político na cidade que não esteja nem de um lado, nem de outro. O Calixto talvez?
O tempo é curto. O cenário das próximas eleições está tomando forma. E pelo jeito teremos mesmo que escolher entre o ruim e o pior. Depois dizem que a culpa é nossa, que não sabemos votar.
A coisa ferve mesmo é na internet.
Basta freqüentar os dois grupos de discussão da cidade no Facebook (grupo “Rio Claro” e grupo “Rio Claro – Oficial”) para perceber que a campanha eleitoral já está fervendo. Os pseudo-politicos, tanto de um lado quanto de outro, já debatem ferozmente, com unhas e dentes atacam e defendem o prefeito e os vereadores.
Tópicos sobre qualquer assunto acabam em bate-boca eleitoral, que acabam em ataques e ofensas pessoais. Mais ou menos como uma sessão da câmara.
Quando conheci os grupos, achei muito interessante e empolgante um espaço para discutir os assuntos da cidade, políticos ou não, trocar informações e conhecer pessoas com os mesmos interesses.
Mas bastou pouco tempo para perceber que o grupo não era bem o que eu pensava. Os grupos estão mais para ringues políticos ou palanques virtuais. Se todas aquelas discussões não fossem pela internet, se fosses pessoalmente, já teriam sido trocados uns bofetões, cusparadas e puxões de cabelo.
Mas quem frequenta esses grupos? É o povo? Com certeza não. Não é certo generalizar, mas pode-se dizer que o grupo é composto basicamente por políticos sem mandato (tentando ser ouvido e criticando a todos), partidários radicais, jornalistas “isentos” e muitos funcionários comissionados da prefeitura, propagando suas benfeitorias.
Existem pessoas “normais” nos grupos. Mas a maioria cai de pára-quedas e depois de tentar discutir um ou outro assunto, e ser atacado por suas opiniões, acaba desistindo de participar, por desapontamento, por nojo da politicagem ou por ter mais o que fazer mesmo.
O engraçado desses grupos é que estão participando praticamente todos os políticos sem mandato. Ex-prefeitos, candidatos derrotados em eleições anteriores e futuros candidatos. Mas os atuais governantes, Dú e Olga, não aparecem por lá. Será que eles não sabem usar a internet? Ou será mesmo que não se importam com as discussões? A resposta é um pouco mais simples: Porque iriam ao campo de batalha, se tem soldados que fazem isso por eles?
Vereador reprova por faltas?
Não faz muito tempo que comecei a acompanhar os trabalhos da câmara, mas já percebi um alto índice de faltas. São 12 vereadores, e em média, faltam uns 3 por sessão. Ou seja, 25%.
Museu Queimado (424 dias sem solução)
Façam suas apostas! Quem acha que o museu vai chegar a 1000 dias sem solução?
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